No primeiro dia, o sinal da escola estava prestes a bater e seu coração batia muito mais, ansiosa pelo fim daquela aula. Não que a aula fosse chata, embora fosse, mas, em pouquíssimo tempo, aqueles ouvidos deixariam de ouvir aquele barulho incômodo de um mundo de pessoas falando alto naquela mesma sala para, enfim, ouvir a voz grave do amor.
Mas não foi um beijo qualquer. Foi "O" beijo. Não porque pode existir técnica para isso, mas a forma como tomava seu corpo, apertando-se um mais perto do outro, com mãos largas chegando mais fácil em cada parte; fora o envolvimento das línguas que se embaralhavam entre as bocas sequiosas por um prazerzinho. Além do lugar, surpreendente. Qualquer um ainda podia ver. Era preciso ser rápido. Sua mãe esperava o pão! O pão!
Ele ainda puxou seu braço para ficar. Ela não quis. Mas, sorriu. Um sorriso tão firme e incontrolável que era como se tivesse vida própria. E ela se jogaria nos braços dele sem pensar, porque não dava tempo pra pensar.
Ele ainda puxou seu braço para ficar. Ela não quis. Mas, sorriu. Um sorriso tão firme e incontrolável que era como se tivesse vida própria. E ela se jogaria nos braços dele sem pensar, porque não dava tempo pra pensar.
Por mensagem, ele perguntou se aceitaria namorar. Ela chegou tão feliz em casa que não conseguiria fingir pra mãe. Então, jogou os pães sobre a mesa e se jogou na cama. Voltou e fechou a porta. Mesmo assim, sua mãe gritou: "que demora, hein?! Foi fabricar o pão?". Sim, que demora! Que demora tão rápida. Rápido e intenso. Não sabia sequer quanto tempo demorou. Mas contou pelas mensagens. Demorou vinte e três minutos da hora que marcou o encontro e da chegada.
E ainda tinha que responder a mensagem. Será que devia aceitar? E a mãe? Contava pra ela ou não? Se seu pai descobrir...
E ainda tinha que responder a mensagem. Será que devia aceitar? E a mãe? Contava pra ela ou não? Se seu pai descobrir...