O simpático torcedor do Vélez me levou de moto para Santiago. Pena eu não poder mostrar-lhes qualquer foto do trajeto e, creiam, é uma grande lástima. Daquela moto - brasileira, diga-se -, senti o ar seco e, àquela hora, frio dos vales andinos. Terra seca, algumas árvoretas dispersas por entre pedras de cor marrom. E o céu... é... aquele céu. De um tom de azul anil próprio, particular. O frio na espinha reapareceu. Pensei, e se Quintanilla não fosse de confiança?
Que fosse, ali estava a prova de que não fui ao Chile como passeio a um parque. Estava ali o teste da minha própria argúcia ou mesmo ousadia. Ainda que fosse um erro, que fosse um erro. Estava o sabor da dúvida nos poros do meu corpo eriçado pelo vento chileno. Mas não percamos tempo.
A primeira coisa que Roly me mostrou em Santiago foi o Mercado Central, onde, segundo ele, eu poderia experimentar as iguarias do mar do Chile. A segunda... bom... não sei se o digo do modo mais vulgar. Mesmo não sabendo até agora exatamente onde ficava (embora soubesse que estava ali na San Antonio), tenho escrúpulo em contar a vocês. Disse-me ele que encontraria ali... prefiro dizer que mulheres cujos prazeres da vida forneciam por valores específicos. Ria se ver graça. Não há como não pensar na palavra forte e foi com essa mesma que me fui apresentado ao termo. Garotas de programa, se preferir. Se eu fui a alguma dessas casas? Deixo essa para outro dia.
Fiquem vocês com essa imagem das montanhas do Chile, a caminho de Viña del Mar.
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